Sinto cheiro de poesia no ar...
as palavras se criam, recriam, somem, voltam...
o aroma delas me persegue,
entra pelas minhas narinas,
desce pelas minhas entranhas,
adentra meu estômago....
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Sinto fome!
Sinto fome!
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... fome das palavras vãs a que me apeguei...
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... fome das palavras vãs a que me apeguei...
das laudas larápias que contam, recontam, mentem e revoltam!
Das cenas que a elas se seguem
... das juras fingidas
... dos espasmos sofridos,
do sussurro ao pé do ouvido...
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Fome daquelas palavras roubadas
e profanadas
...
- E poetizadas?! -
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Não!
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Naquela boca eram
apenas meras palavras...
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...
...
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Nada pra fazer, vou brincar de escrever! rs
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